Foto: Reprodução |
A tal masmorra, bem como todo ambiente do jogo, é ambientado no mundo de Forgotten Realms, o mesmo de Baldur Gate, que já resenhamos aqui. O legal dele é que você nunca repetirá o mesmo jogo, já que essa masmorra é criada ALEATORIAMENTE antes de começar sua campanha. O jogo tem a engine do Eye of the Beholder 3, com a diferença que aqui você controla um Personagem apenas (em Eye of the Beholder você controla um grupo de 4 à 6 Personagens). Nesta masmorra antiga deve encontrar chaves, portais, portas secretas, itens mágicos, poções, pergaminhos e tesouros, até chegar no último nível (a dificuldade define quantos níveis terá a masmorra). Os monstros são os mesmos dos mundos de Forgotten Realms, assim como do D&D tradicional.
Diferente da franquia Eye of the Beholder, outro grande sucesso do AD&D, aqui o jogador pode acompanhar seu trajeto através de um mapa, que pode ser visto tanto no lado do desenho do Personagem, como em tela cheia. O mapa mostra pontos vermelhos (onde estão os monstros), pontos azuis (itens), pontos amarelos (portais), pontos roxos (portas e passagens secretas), etc.
Por ser publicado em 1993 pela antiga TSR, o jogo tem as regras do Advanced Dungeons & Dragons, também conhecido como AD&D. No jogo, você pode criar seu Personagem, usando as Raças e Classes do jogo (não vi o Druida e Bárbaro aqui), bem como fazer a rolagem de atributos. O defeito na rolagem é que você pode customizar os atributos básicos, podendo deixar tudo em 18 ou 19 (dependendo da raça) se quiser. Isso achei ruim. Você também não é obrigado a criar um Personagem, e pode usar outros prontos que o jogo tem disponível.
Cara, vocês não sabem os rages que eu tive jogando esse RPG! Fiz diversas campanhas, e descobri alguns defeitos no próprio game. Um dos grandes defeitos no jogo é que você precisa administrar comida, que é gasto quando você descansa. No início, isso fica sendo um problema. Porém, criei um Clérigo (que cria comida) e resolvi o problema mais escroto do jogo.
Alguns defeitos que encontrei em Dungeon Hack
Controlar os recursos de comida é um problema, mas você pode pelo menos contornar isso criando um Clérigo ou um Clérigo/Guerreiro. Um dos grandes problemas do jogo é, quando você cria uma masmorra aleatória, tem que contar com a sorte: algumas masmorras geradas não tem saída, ou pedem chave que não tem. Esse problema pode ser contornado criando uma campanha em Custom para que você não precise pegar chaves ou portas secretas e outros desafios enquanto ainda é iniciante no game. Por conta desse pequeno defeito de geração de masmorras aleatórias, tive que reiniciar o jogo várias vezes, sempre criando um novo personagem, assim sendo, uma nova campanha.Na hora de escolher sua Dificuldade (Fácil, Médio ou Difícil) você pode escolher em Custom |
Aqui você customiza sua masmorra. Repare no código, que pode ser copiado para outros jogarem em outros PCs. |
Um dos monstros mais escrotos desse jogo...
Meu rage foi nas alturas quando, na minha primeira campanha neste jogo, encontrei essa aberração no meio do caminho. Eu nem conhecia esse mostro, mas tive o desprazer de conhecê-lo da pior forma no jogo. Uma bolota de tentáculos, que fica invisível e te dá uma média entre 30 à 40 de dano, mas pode provocar dano menor. O nome dessa aberração é Greater Feyrs, e ele (claro que fui pesquisar sobre ele) é exclusivo do cenário de Forgotten Realms.
Monstro ridículo - Reprodução |
Monstro original do livro de D&D. Foto: Reprodução Wizard of the Coast |
Dungeon Hack é um jogo ruim?!
É um bom jogo, mas eu não recomendo se você não curte D&D. Claro que não posso exigir muito de um jogo criado em 1993 (jogos antigos são repletos de escrotices e bugs), mas se você pode suportar os defeitos que citei, ele é até bem divertido. Caso você queria jogar sem dor de cabeça, pode customizar a masmorra (clicando em Custom, na Dificuldade).
Dungeon Hack faz parte do pacote Forgotten Realms: The Archives - Collection Three, vendido na Gog por R$11,99.
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