Meu primeiro interesse em relação a série Dragon Age não foi pelos jogos de computador, mas sim, pelo RPG de mesa baseado no game de sucesso da EA games. Por isso, me propus a comprar não só o primeiro jogo da franquia (cujo aceita de boas minha humilde placa de vídeo), como também, o livro básico do RPG. Então, se você nunca jogou Dragon Age e queira comprar o livro, preste atenção no que eu vou dizer.
Não tenho nada do que reclamar do livro. O papel de excelente qualidade, além de uma diagramação impecável contando com diversas ilustrações do jogo que são de encher os olhos. O livro oferece realmente tudo o que um mestre precisa saber para contar suas histórias! Chegando a ser muito detalhado de forma a ensinar os iniciantes ao RPG de mesa, apresentando o conceito do jogo de uma forma que eu nunca tinha visto em outro livro de RPG.
Só comecei a usá-las apenas para jogar o Reinos de Ferro RPG porque ele tem um sistema baseado em Wargames - mas parte dos meus pensamentos estavam descritos no livro de Dragon Age - que nos apresenta um sistema parecido com o que conhecemos, mas visando interpretação, conceito criativo de narrativas e trazendo a escolha do grupo sobre que tipo de jogo preferem (no tabuleiro ou não!). Aqui eu devo dar meus parabéns, pois citaram coisas como os advogados de regras atrapalham a mesa e até ensina como o mestre deve fazer para evitá-los. Coloca a história acima das regras e reforça que o mestre tem o controle e poder absoluto na mesa de jogo (o que infelizmente, tem gente que está distorcendo as coisas)
O sistema do jogo é similar ao do game de pc, como já mencionado. É bem parecido com Dungeons & Dragons, mas usa apenas dados de seis faces. Assim, um deles deverá ser de cor diferente (geralmente vermelho, na qual, chamaremos de dado do dragão). Caso numa rolagem o jogador tenha tirado dois números iguais, o valor que está no dado do dragão será convertido em pontos de façanha, habilidades extras que devem ser gastos imediatamente e que podem mudar o rumo do combate. Não vou falar muito do sistema de jogo em si, mas, se você deseja se aventurar no mundo de Dragon Age em RPG de mesa, vá em frente.
E um RPG medieval com magias, descrição do cenário (contando com cada país detalhadamente, incluindo um mapa e a história geral do mundo), temos que ter monstros. E aqui temos monstros para uma campanha inteira! Mas, diferente de jogos com Dungeons & Dragons, achei meio desorganizado. Isso inclui a parte sobre os históricos - mas isso é porque nunca tinha jogado Dragon Age antes.
O livro apresenta detalhes de cada país, como também muita história. E é daí que levei um duro golpe quando comprei o livro. Tudo porque ele foi escrito para fãs da franquia! Por mais que tenhamos capítulos inteiros ensinando a mestrar, a falar sobre os tipos de jogadores e como conduzir uma mesa - que foram os melhores ensinamentos da coisa que eu já li num livro de RPG. O mesmo foi escrito para fãs do jogo e como eu nunca tinha jogado, muita coisa eu boiei porque não era assim tão explicado o que era isso, o que era aquilo. Eram diversas descrições sobre personagens e da história sendo que eu não conhecia nada. Depois que eu comecei a jogar o Dragon Age Origins, começou a fazer sentido.
O livro serviu como um guia para entender o jogo. Principalmente as magias! Como todos sabem, o game apresenta apenas três classes: guerreiro, ladino e mago. Mas são os históricos que definem o que cada um será e daí que temos a personalização de cada personagem. O jogo apresenta 20 níveis de personagem e como já mencionei, estão em ótima qualidade de impressão e é um livro que valeu muito a pena comprar. Porém, o que me deixou um pouco chateado é que eles poderiam trazer um mapa para acompanhar o jogo, assim como tinha na primeira caixa lançada pela própria Jambô Editora.
Se você pretende compra-la, vai em frente. Mas antes de mais nada, saiba que a versão nacional cortou as aventuras prontas no livro para relança-lo em outro. Então, se você faz questão disso - sinta-se avisado. Eu particularmente curti muito!
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