Meu irmão gêmeo é apaixonado por D&D, tanto, que o mesmo fala isso abertamente. Enquanto eu, prefiro GURPS ou universos mais futuristas. Não é a toa que eu desenho um mangá (e cenário de RPG) mais para esse lado, como o Yoshiro. O que não me impediu de apreciar boas aventuras!
Eu mesmo sempre digo:"que não gosto muito de D&D, mas que de uma forma ou outra, acabo sempre dando dinheiro para eles." O que se resume a comprar seus jogos de PC, como Baldur's Gate, Neverwinter Nights e Dragonshard.
O fato de comprar e admirar esses jogos ainda não me faz ser fã de D&D. Eu só jogo e pronto, mas assumo que muitas magias quando joguei uma campanha com amigos aqui em casa, aprendi jogando Baldur's Gate. Pode ser engraçado, mas nesses mais de vinte anos jogando RPG, sei muito pouco do maior e mais popular RPG em atividade (o que não me enche os olhos, porque jogo qualquer coisa!). O fato curioso é que Dragonshard, é baseado num cenário "mais moderno" e que, o conheci graças ao meu irmão gêmeo - que o comprou no site da Gog pensando em ser mais um RPG como os outros.
Ao experimentar esse jogo baseado em RPG que não era um RPG, me fizeram tomar a decisão de gastar mais dinheiro em um jogo de D&D, que diferente do que se esperava, não teria níveis, magias e personagens como o costumeiro de sempre - mas sim, passar as batalhas de uma outra forma, em um jogo estilo RTS.
RTS para quem não sabe, são jogos em estratégia em tempo real, como Age of Empires 2 e Warcraft 3. Você controla exércitos e tem que dizimar a base inimiga. Mas fazer isso com D&D seria ousado demais, não concorda?
Se você já jogou Warcraft 3 em algum momento da vida, sabe que você controlará personagens de alguma facção e deverá colher recursos para melhorar suas tropas e ganhar XP com unidades únicas conhecidas como heróis. E em Dragonshard, temos isso! O jogador escolhe um entre quatro heróis e deve ganhar XP para melhora-los, nada muito diferente de outros jogos do gênero. Cada herói possui habilidades únicas e dependendo das tropas que estiverem controlando, poderá levar o time a vitória ou ao fracasso.
As tropas também avançam de níveis e cada uma delas possuem habilidades. Por exemplo, os clérigos curam, os guardiões (rangers) atiram flechas ou colocam aves para vigiar certos pontos do mapa, os feiticeiros atiram bolas de fogo, etc. Caberá ao jogador decidir em que tipo de personagens ele construirá para a sua cidade (Ou seja, as unidades aqui são compostas por classes de D&D e algumas, são do cenário de Eberron).
Diferente dos jogos do gênero, você não pode construir as coisas aonde quiser, você precisa iniciar a construção da cidade em um local já determinado e dali, decidir a construção das academias, que são os locais aonde treinam seus magos, clérigos, ladinos, etc. Por ora, cairá cristais azuis do céus que assim como o ouro em Warcraft 3, serão necessário para a melhoria dos muros da cidade, construção de novas academias e recrutamento de novos soldados. Esses são os tais dragonshard, que dão nome ao jogo.
Mas aí que vem a originalidade! Diferente dos outros games do gênero, aqui temos dois mapas: um padrão, com as cidades a serem defendidas e a outra, advinha... masmorras!
Você deve ter que defender seu lá, enquanto entrará em dungeons atrás de itens mágicos e tesouros. As unidades quando estão em níveis maiores, possuem recrutas (que aumentam a composição do seu exército) quando não estão nas masmorras. Ao adentrar nelas, apenas os soldados da sua tropa que entrarão. Por exemplo, imagina que eu tenha dois magos de nível 4 no meu time, e esteja fora da masmorra. Cada um, deverá ter dois ou três recrutas com eles - que aumentam as possibilidades, mas se entrar numa dungeon, apenas os magos estarão comigo.
O nível máximo para os recrutas e heróis é 5 e cada um oferece vantagens únicas. As cidades possuem divisões de quatro construções cada, só que aí que vem a pegadinha: cada construção oferece uma taxa de lucro para a cidade (cujo ouro vai surgindo sozinho com o tempo), só que, para avançar em níveis maiores que 2, você precisa construir academias da mesma classe nos espaços adjacentes. Ou seja, se eu quero ter anões bárbaros de nível 3, preciso ter duas academias dele, uma do lado da outra. Para atingir o nível máximo (5), preciso construir nos quatro espaços de casa, quatro academias.
É algo que entendemos melhor jogando. Mas por mais que quanto mais casas estiver na sua cidade, melhor. As masmorras são importantes que trazem muito ouro e permite a evolução mais rápida de sua nação; Quem gosta de D&D, vai ficar encantado com os monstros e as possibilidades desse RTS, principalmente porque temos duas campanhas: ou você joga com os humanos (que tem as classes padrões) ou você joga com os monstros (que também tem seus heróis únicos).
Como eu conheço pouco D&D, aqui vai minha saudosa experiência ao conhecer um Beholder (Observador). Estava com uma tropa muito poderosa de várias classes (e todas estavam no nível máximo) e de repente, encontrei o tal monstro. O sujeito usou o raio desintegrador e grande parte da minha tropa virou purê. Meu irmão gêmeo riu disso depois que eu contei - já que eu não sabia que Beholder era assim tão terrível. Até o momento em que escrevo essa postagem, nunca encontrei um beholder numa aventura de RPG, mas ao confrontá-lo neste jogo, pude ver que são perigosos.
Joguei cooperativo com meu gêmeo contra a CPU e diferente de Warcraft 3, a experiência foi muito legal. Eu mesmo, comprei o jogo apenas para jogar o multiplayer (mesmo que seja sozinho contra a máquina). Você pode jogar tanto rede local, como pela internet (nesse caso, será através de programas como o próprio gameranger, programa que eu citei na postagem que falo como jogar Terraria sem saber o IP do amigo; Não se preocupe, você não precisa abrir portas UDP para jogar Dragonshard com amigos!)
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