Na minha análise do primeiro jogo que conheci da franquia, no caso, Soul Reaver. Falei de como conheci o game, além de citar inclusive Blood Omen.(Que na época, não havia ainda uma versão comercial). Porém, graças a Gog adquirir a licença do jogo, aproveitei e comprei o mesmo se não me engano, nos primeiros dias de seu lançamento.
Apesar de apresentar um estilo isométrico e uma interface de que vemos em Soul Reaver e outros jogos da saga já resenhados aqui. Blood Omen consegue ser tão competente quanto! Na verdade, possui mecânicas únicas que vão além de ser só apenas um bom jogo. Se você adorou toda a saga de SR1,SR2 e Defiance - ficará entretido por horas e mais horas.
Mesmo sendo produzido em uma época em que as empresas de jogos estava ainda iniciando o uso da tecnologia 3D, Blood Omen apresenta vários vídeos contando a histórias que para os padrões de hoje, são bastante feios. Mas não deixe se enganar pelos datados gráficos! Seu conteúdo apresenta uma trama fora de série e com diálogos muito bem construídos. Antes de falar um pouco sobre como funciona o jogo e até suas diferenças, vamos falar um pouco sobre a história.
Quem conheceu a franquia através de SR1 e ficou apenas ali. Essa é a chance de conhecer melhor o passado de Kain e sua motivação. Um nobre que após ser morto por bandidos, foi revivido como um vampiro e após ter sua vingança (já nos primeiros minutos de gameplay) - é levado a uma missão maior. Não entrarei em detalhes mais profundos, principalmente, porque o que não falta é conteúdo acerca desse universo rico na internet. Um canal que gosto de recomendar e que faz vídeos explicando cada ponto de tudo o que vemos nos jogos da franquia, é do Menkay - ele sabe muito a respeito.
Em Nosgoth (o mundo do jogo), havia nove pilares sendo cada um regido por um guardião. Ariel, que é uma das guardiãs foi morta e seu namorado, Nupraptor (que era outro guardião), se corrompeu e acabou acontecendo o mesmo com todos os outros guardiões. Assim, Kain deverá matar todos os guardiões e assim, restaurando todos os pilares. Mas se pensa que o jogo nosso protagonista irá atrás de cada um, como Assassin's Creed, pode ir tirando o cavalo da chuva. A busca por cada um dos guardiões acontece como esperamos, mas há muitas reviravoltas e com um roteiro muito bem escrito.
Legacy of Kain é uma história além de uma vingança. É a ascensão de um cara que se tornou mal e egoísta, aprendendo melhor sobre o que se tornou após a morte (um vampiro) e com isso, aprendendo novos poderes e explorando o mundo assim como foi com Raziel em SR1. Se você jogou os outros jogos, a mecânica como já dito, é parecida, mas tem suas nuances.
O sistema de energia é o conhecido, Kain pode usar seu poder para sugar o sangue de pessoas imobilizadas ou adversários prestes a morrer. Além de poder se transformar em um lobisomen, em um humano (para passar por cidades sem precisar lutar), numa forma de névoa e em morcegos (para poder se transportar por certas partes do mapa). Para salvar o jogo, você precisa encontrar certas câmaras espalhadas pelo mundo (e o incrível que pareça, são as mesmas encontradas em Soul Reaver 2). Além disso, nosso vampirão pode aprender várias magias com diversos efeitos além de vários tipos de itens.
Na verdade, em questão de conteúdo em comparação com outros jogos - acredito que Blood Omen é o que mais possui itens e habilidades em sua jornada. Que devem ser usadas com sabedoria! Por exemplo, há monstros em que o seu sangue é venenoso, então utilizar uma magia que concede roubar o sangue de todos os inimigos a volta de Kain sem precisar feri-los, o deixará envenenado. Isso sem contar com a armadura e armas equipadas.
Diferente do que vemos em games, armas e armaduras tem o seu valor de acordo com o seu poder. Por exemplo, se você em algum jogo estiver usando uma armadura de madeira, vai trocá-la imediatamente por uma armadura de ferro (quando encontrar) e nunca mais utilizará a proteção anterior. Aqui isso não acontece! As armaduras concedem benefícios especiais, forçando o jogador a trocá-la de acordo com o lugar o com quem enfrenta. Por exemplo, se você não quer que esqueletos e mortos vivos não te ataquem ou fiquem no seu caminho, use a Armadura de ossos. Se você quer causar dano aos adversários equivalente ao que eles causam em você, utilize a armadura do caos, já que ela tem espinhos e os monstros se ferem ao te acertar.
Tem a armadura de carne que se você mata um inimigo, ela restaura sua vida roubando automaticamente o sangue do alvo. Porém, em utilizar em monstros que o sangue te envenenam ou causam dano, pode ser fatal. Isso porque eu nem falei das armas, onde cada uma tem uma função. A maça pode quebrar certas pedras e assim, abrindo caminhos. A espada de fogo torra os inimigos (boa pedida para mortos vivos), mas esse efeito impede que você se beneficie do sangue alheio. Os machados podem cortar certos tipos de árvores para abrir caminho, mas ao usá-las (uma em cada mão), Kain não pode usar suas magias.
O jogo segue o estilo Zelda. Você pode acessar certas áreas ao possuir certas habilidades e aqui há muitas, como já ditas. Por causa disso, as vezes você pode ter que pedir ajuda em algum detonado na internet, já que são muitas áreas e pode haver confusão como sempre acontece nesses tipos de jogos. Além dos itens e equipamentos, há outra forma de upgrade que consiste em locais especiais que se Kain bebe o sangue oferecido, ganha habilidades novas, recuperar sua mana mais rapidamente e até como suportar a chuva ou aumentar a força física. Além disso, há locais especiais que oferecem itens ao Kain em troca de seu sangue, na qual, o jogador decide doar sua vida pelos itens.
Um jogo como não se vê hoje em dia, rico em história, com gameplay surpreendente e só o início de uma saga ainda maior - cujo já escrevi as análise de todos os jogos além de outras postagens relacionadas a franquia. Talvez a minha grande crítica, seja no chefe final, que aparece de repente e não deu nem como me preparar. (Preparar eu digo, no quesito "salvar") Já que passamos para a batalha final assim de um grande feito. Que mesmo cheio de itens e magias, muito se perdeu ao descobrir como vencer o chefe anterior, assim, ao enfrentar o boss final com menos recursos pode fazer o game over ser iminente e assim, ter que enfrentar novamente o penúltimo chefe para assim, novamente o desafio final.
Como fã da franquia, fico feliz por ter comprado e resenhado todos os jogos (no momento dessa análise, só falta o Blood Omen 2, mas que já tenho na biblioteca) cujo vou poder jogar e zerar várias vezes tais clássicos que nunca morrem. Obrigado Gog, por disponibilizar este incrível game, cujo os fãs fizeram a tradução em português e vou deixar o link abaixo:
Baixe a tradução do Legacy of Kain: Blood Omen
Compre agora no site da Gog (R$13,00) através do link:
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